Confiram abaixo a tradução da revista MISS de Março, onde os gêmeos deram uma entrevista e o Tom disse que espera ir para a Ásia e para a América Latina:
Depois do seu enorme sucesso na Europa e nos Estados Unidos, é hora dos quatro rapazes do Tokio Hotel serem levados a sério e não tratá-los como uma banda adolescente. A "MISS" entrevistou os gêmeos Bill e Tom Kaulitz e eles falaram sobre garotas, o amor entre irmãos e o fato de verem o sucesso como uma droga.
O fato de serem assim tão famosos assusta vocês?
Tom: Não nos assusta. Para uma banda alemã, claro que não é normal ser tão bem sucedido assim. Estamos mais orgulhosos do que com medo.
Quando é que o fato de serem celebridades os desapontou pela primeira vez?
Bill: Ainda há muitas coisas com as quais lutamos contra na indústria da música. Regras que as outras pessoas querem que sigamos ou quando lemos artigos sobre nós nos jornais, onde dizem coisas que nós nunca dissemos. Como pessoas jovens, somos oprimidos, mas já aprendemos a lidar com isto.
Um jornal conhecido publicou fotografias de vocês enquanto estavam de férias. Coisas como isso invadem a sua privacidade?
Bill: Passam totalmente do limite quando isso acontece! Continuo chateado com isso. Mas nós também tentamos fazer com que a vida deles - as pessoas que nos fazem isso - seja o mais difícil possível. É uma coisa a que nunca irei me habituar.
Qual é a coisa mais absurda que já viram escrita sobre vocês?
Bill: Desde suicidios em hotéis até... - é díficil dizer, acho que seja quase tudo o que escreveram de nós até agora.
Bill, uma vez disse que odiava a sua vida diária. O fato de fazer parte de uma banda também não faz parte da sua rotina?
Bill: Claro, há coisas um pouco chatas, mas nunca há momentos cansativos neste trabalho. Nunca se sabe como o seu dia irá acabar - por isso acho que é o mais multifacetado.
Por outro lado, na escola vocês eram uns "terrores". Onde é que foram buscar toda essa confiança?
Bill: Nós não saíamos com as pessoas. Vínhamos da escola e diziamos que não queríamos voltar. Ir para a escola foi a coisa mais horrenda que nos aconteceu. Tínhamos problemas com os nossos professores e eramos transferidos por razões disciplinares, e a maneira como nos apresentávamos não ajudava. É apenas isso: Não queremos parecer o que não somos. É por isso que nos vestíamos como queríamos, e isso foi o pior - nos sentíamos como extraterrestres. A confiança em nós próprios sempre esteve aqui porque estavamos sempre juntos. É por isso que as pessoas, na época, nunca nos apanhavam sozinhos para nos bater.
Vocês experienciaram o primeiro beijo com a mesma garota. Alguma vez tiveram inveja um do outro?
Tom: Tem que perguntar isso ao Bill, porque eu é que fui o primeiro a ficar com a garota (risos).
Bill: Nunca brigamos por causa de garotas.
Tom: E nunca nos apaixonamos pela mesma também.
Bill: Não há ninguém que possa nos separar, o Tom e eu somos muito confiantes e teimosos. É por sermos tão parecidos que às vezes entramos em conflito. Nenhum de nós quer dar o braço a torcer. Quando começamos a discutir, os outros nos deixam sozinhos e saem da sala.
Vocês se interrompem constantemente quando estão falando...
Bill: É dificil para os outros intrevir quando eu e o Tom falamos. Os nossos amigos começavam a falar mais alto que nós para nos interromper quando estavamos falando, porque nunca ninguém conseguia falar quando nós o faziamos.
Vocês estão vivendo juntos em Hamburgo, por isso, passam cerca de 24 horas juntos todos os dias. Não se chateiam um com o outro?
Tom: Estamos juntos 24 horas por dia, mas também não é muito verdade porque dormimos em quartos separados. Mas não nos chateia. Todo mundo diz: "Não ficam chateados por passar 24 horas por dia juntos?" ou coisas como "E se um de vocês arranjar uma namorada?" ou "O que é que vai acontecer com vocês quando um dos dois quiser mudar para outra cidade?". Nós não pensamos nisso porque sempre mantivemos claro o fato de querermos ficar juntos. É uma coisa especial que os gêmeos verdadeiros têm. É díficil de descrever, mas somos como uma pessoa só. Quando eu pensar em mudar, tenho certeza que o Bill mudará comigo.
Bill: Começamos imediatamente a pensar um pelo outro.
Vocês estão musicalmente no mesmo nível?
Bill: Acho que ambos temos uma boa sensação quando se trata de escolher uma boa música, independentemente dos nossos gostos de música pessoais. Ouvimos músicas diferentes, o Tom ouve muito Hip-Hop. Há muito poucas bandas das quais ambos gostamos, por exemplo, o Stereophonics e o Aerosmith.
Muitas bandas famosas pedem para as entrevistas serem muito curtas. Como é que vocês são tão abertos?
Bill: O Tokio Hotel nunca foi um trabalho para nós. É a nossa vida. Continuamos sendo o Bill e o Tom Kaulitz quando saimos do palco. Não é o mesmo que desligarmos os nossos celulares e dizer que passamos um bom dia. Claro que quando se trata de ser aberto, há limites que não devem ser ultrapassados, mas também quero contar às pessoas as coisas ruins que aconteceram, em vez de contar sempre as coisas que foram boas. Acho que é bom deixar as pessoas a par das coisas realistas que se passam nas nossas carreiras.
O Tokio Hotel é uma das bandas alemãs mais famosas. O que é que ainda está para vir?
Tom: Depois da nossa atual digressão, queremos ir para a Ásia - ir ao Japão - e também para a América Latina. É díficil ter objetivos, uma vez que a nossa carreira começou tão de repente. Mas lutamos por esses momentos de liberdade e estamos fazendo o que gostamos. Não precisamos da opinião de ninguém.
A fama é viciante?
Tom: Sim. Quando está debaixo dos olhares do público, como nós, a partir daí não há mais como voltar. É como se ficasse viciado nela. Não a opinião de "Hm, acho que já não quero ser mais famoso".
Acham que alguma hora vão ficar satisfeitos com as coisas que alcançaram, ou pedindo para virem mais?
Bill: A sua cabeça não para de pensar, começa a ter novas ideias para músicas ou videoclipes. Tentamos sempre fazer melhor do que fizemos antes.
Continuam ansiosos antes de se apresentarem?
Bill: Eu fico muito, muito nervoso antes dos shows, isso nunca mudou. Mas assim que ponho os pés no palco, os nervos desaparecem.
Há alguma certeza de incerteza por trás do personagem artificial Bill Kaulitz?
Bill: Não me vejo como um personagem artificial. Quando me conhece na vida real, eu sou o mesmo que sou nos tapetes vermelhos, a não ser que eu queira estar anônimo. Eu não tento parecer mais extremo em público. Sou apenas eu. Usaria sempre o cabelo e a maquiagem fazendo outra coisa qualquer.
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